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Doutor Estranho no Multiverso da Loucura pode transformar o MCU.

  • Foto do escritor: Bryan Cruz
    Bryan Cruz
  • 10 de mai. de 2022
  • 3 min de leitura

Ao finalmente apresentar o terror ao MCU, este filme trás diversas nuances entre bem e mal, herói e vilão, diversão e terror que pode mudar muitas obras que estão por vir da queridíssima Marvel.

Com o título de Multiverso da Loucura, ele rapidamente passou de um simples ‘Doutor Estranho 2’ para o FILME EVENTO dessa Fase 4 do MCU. Muito disso também por conter a Feiticeira Escarlate como uma das principais personagens.


Tudo isso alinhado com um imprevisto que resultou na troca de Diretor e acabou se tornando uma das melhores coisas que poderia acontecer, pois Sam Raimi cumpre promessa e dá aula de como se fazer um filme de herói e cria um dos capítulos mais aterrorizantes e emocionantes da franquia.

Como pode um filme de TERROR com super-heróis, cheio de bom humor e uma dose de drama poderia funcionar? Parece impossível, mas isso funciona graças à liberdade que a Marvel deu para Sam Raimi. Com essa liberdade, Raimi faz um filme que será muito comentado.

Logo de cara, Multiverso da Loucura mostra que não se prenderá às amarras criadas pela política de “diversão familiar” da Disney. Em poucos minutos, o espectador vê mortes, desmembramentos e traições, chocando quem esperava por uma produção mais-do-mesmo do Marvel Studios. Ao mesmo tempo em que estabelece o momento emocional de Stephen (Benedict Cumberbatch) e alguns poderes de América (Xochitl Gomez), esse início também serve como prévia para o ritmo alucinante que dominará o longa.


Muito mais focado no desenvolvimento de personagens e suas relações, o texto proporciona uma imersão relativamente rara na franquia, sendo capaz de emocionar e surpreender até quando flerta com o brega característico dos gibis.


Embora seja mais um terror leve ou para “iniciantes” no ramo, Multiverso da Loucura importa tropos de filmes slasher e de possessão de forma eficaz, criando um clima amedrontador que permeia até as poucas cenas de respiro do longa.


O mergulho no terror é incrivelmente potencializado pela atuação de Elizabeth Olsen, que transita brilhantemente entre a doçura de Wanda e a crueldade da Feiticeira Escarlate, a atriz faz de Multiverso da Loucura não só seu melhor trabalho no MCU, mas um dos melhores de sua carreira. O fato é que Elizabeth Olsen está DIVINA. Ela explora essa reviravolta ousada e entrega uma atuação que poucos atores do MCU teriam a coragem e capacidade de fazer. Em tudo o que o roteiro peca, ela adiciona profundidade e faz a ideia funcionar.


Perfeita como vilã, mas sem perder toda a emoção que a transforma numa das personagens mais interessantes do MCU. Ela tem feito isso desde Guerra Infinita, e mais uma vez eleva a Wanda a um patamar de que ela tem potencial para muito mais.


Assim como a colega de elenco, e em tese o protagonista, Benedict Cumberbatch também consegue dar a Stephen Strange uma série de novas camadas que eram apenas sugeridas em produções anteriores. Em sua melhor aparição na franquia, o ator guia o Mago por uma jornada emocional iluminadora, embora não necessariamente satisfatória, deixando espaço para um crescimento ainda maior para o personagem no futuro.


E, mesmo que não seja impecável em Multiverso da Loucura, o CGI é, pelo menos, bem utilizado por Raimi para montar um espetáculo visual digno de um personagem do porte do Doutor Estranho, nos dando uma arte visual incrível.


Multiverso da Loucura toma todo o cuidado para que cada cenário seja único e inesquecível, por menor que seja seu tempo em tela. Grandioso, o filme brinca com visuais e estilos diferentes, abrindo a porta para que outros cineastas explorem essas deixas criativas no futuro da franquia.

As cenas de ação também impressionam, com sequências capazes de rivalizar até com Guerra Infinita ou Ultimato. Seja em duelos entre variantes do mesmo personagem ou na expressividade de criaturas sobrenaturais, Multiverso da Loucura se estabelece como um dos filmes mais visualmente incríveis do MCU.


De longe, um dos filmes mais bonitos da Marvel.



Por fim, sempre há algo novo para ver, descobrir e sentir em Doutor Estranho no Multiverso da Loucura. Também é extraordinário como, no meio da insanidade, consegue equilibrar diferentes tons. Por vezes o filme é arrepiante e tenso, contendo um humor mórbido, mas em outros momentos há uma sensação cômica boba (no melhor sentido da palavra), e também muita substância dramática. Uma história que tem seus instantes emocionantes e reflexivos, tingida de terror que transita entre intimidade emocional e viagens visuais, mas um dos filmes mais interessantes da Marvel, que pode dividir opiniões por sair do estilo já conhecido, mas que seria uma loucura multiversal, chama-lo de ruim.


NOTA: 9 MARMELADAS.






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