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Stranger Things esta maior, mas esta melhor?

  • Foto do escritor: Bryan Cruz
    Bryan Cruz
  • 31 de mai. de 2022
  • 3 min de leitura

Composto de sete episódios com duração de longa, o Volume 1 já está disponível na Netflix.

Três anos após sua terceira e melhor temporada, o fenômeno da Netflix, Stranger Things está de volta. Em 4 de julho de 2019, a série lançou seu capítulo mais explosivo até agora, repleto de novos (e ótimos) personagens, e determinou que não importa o que venha depois, não importa o que aconteça, haverá muito a superar - não é à toa, tanto tempo se passou até voltarmos a Hawkins. Agora, tudo é maior. A quarta temporada é dividida em dois volumes: a primeira temporada tem sete episódios, com duração total de 1 hora; a segunda, são dois últimos episódios, e o último episódio dura quase 2 horas e 30 minutos. Com isso, a temporada mais longa da obra, com cerca de 13 horas de duração, tem inúmeros personagens e enfrenta um desafio enorme: como manter a atenção de um público cujos hábitos de consumo não são os mesmos de três anos atrás.


A história se une a um ponto certeiro dos irmãos Duffer que sempre foram muito certeiros nas suas escolhas de trilha sonora para as temporadas de Stranger Things e nesta temporada não foi diferente, sendo a musica um fator crucial para o desenrolar de alguns acontecimentos da história.


Ouso dizer que ela, para mim, chegou a ser melhor até do que o que vimos na terceira. Mais sombria, sem medo de matar os personagens e encararem seus maiores medos, aqui recebemos finalmente respostas. Se ainda tem dúvidas de que a Netflix está seguindo para o caminho correto com a série, pode ficar tranquilo. Não só sabem, como estão amarrando tudo de forma épica.


Porque depois da Batalha no Starcourt, o grupo de amigos de fato se distanciou — quando não literalmente, como foi o caso da mudança dos Byers para a Califórnia, em estado de espírito. Em outras palavras, o Volume 1 chega à Netflix marcado por um clima de incertezas, com seus heróis questionando sua dinâmica enquanto turma, mas também tentando se entender como indivíduos conforme dão sentido aos seus traumas acumulados.


É curioso que esteja na desconstrução inicial destes relacionamentos, aparentemente inabaláveis e tão centrais para o sucesso de Stranger Things, o caminho para que ela experimente mais uma vez seus êxitos do ano de estreia.


Ressalta-se o clima de terror da história, o espectador não sente só a ansiedade do pré-ataque do vilão desta temporada, ele o presencia. Acompanha os ossos da vítima se contorcendo, o sangue escorrendo dos seus olhos, a vida deixando seu corpo. É evidente que ser tão gráfico também adiciona um peso à narrativa e uma urgência à missão dos protagonistas, mesmo que os episódios sejam tão mais longos.


A duração dos capítulos também poderia ser interpretada dentro da chave do amadurecimento, embora no fundo mais pareça uma experimentação para ver o quanto Stranger Things consegue prolongar a tensão


No entanto, por mais que a experiência destas 9 horas de temporada esteja longe de ser custosa, ela não é sempre orgânica. Na realidade, às vezes a série perde a mão, e o que era para ser recebido com suspense fica mais cansativo do que propriamente te deixa na beirada do sofá.


Nesta temporada o conteúdo está muito mais sério e ameaçador. Acompanhando o crescimento das crianças que vimos desde o primeiro ano, as coisas não melhoraram para elas de lá para cá. Invadindo uma complexidade até incomum para Stranger Things, desta vez finalmente dá para visualizar o quadro geral de todas as nossas perguntas desde o início. Desde o sequestro de Will até os novos assassinatos, tudo está conectado.


Porém, não é essa a sensação que você terá durante os episódios. Com diversos personagens compondo o elenco, temos a divisão muito grande de núcleos que dá a entender que tudo segue o seu próprio caminho até essa grande conexão. O grande problema é que você apenas a verá no Episódio 7 e até lá seguimos uma longa rodovia de ação e emoções.

Mesmo assim, ao final dos sete primeiros episódios, Stranger Things entrega uma experiência robusta, divertida e estimulante que, apesar de oferecer muitas respostas, deixa um gosto de quero mais. Não só porque há mais para se desvendar, mas porque a antecipação dos reencontros e, convenhamos, das muitas histórias de amor é grande.


A estreia da Parte 2, com mais dois episódios que finalizarão a trama, chega apenas no dia 1 de julho de 2022 e já soa como uma eternidade para mim. Porém, se fica aqui um conselho é: assista o quanto antes o que já está disponível na Netflix. uma obra-prima que será cultuada pela cultura nos próximos anos. Pois acredite: vai ser. Mas, cá entre nós: para quem esperou quase três anos para voltar para Hawkins, o que é um mês?


NOTA: 9 MARMELADAS




 
 
 

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